1 ano de Selic a 13,75% e a mentira de “controle inflacionário”

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Na semana em que a diretoria do Banco Central (COPOM) se reúne para decidir sobre a SELIC, notícias continuam veiculando a mentira de que juro alto teria alguma serventia para controlar inflação e pressionam por redução modesta.

Há um ano no elevadíssimo patamar de 13,75%, o Banco Central usou e abusou da política de juros altos sobre a falsa justificativa de conter a inflação, apesar de a inflação brasileira não ter nada a ver com aumento descontrolado de demanda.

Diversos dados comprovam o que a Auditoria Cidadã da Dívida (ACD) vem informado há vários anos: a inflação existente no Brasil é resultado principalmente do preço de combustíveis, erros na política agrícola e agrária, energia etc. A divulgação do índice oficial da inflação do país (IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo) evidenciou que a deflação do mês de junho foi a menor variação para meses de junho desde 2017, resultado principalmente da redução no preço de combustíveis: óleo diesel queda de (-6,68%), etanol (-5,11%), gás veicular (-2,77%) e da gasolina (-1,14%), como a ACD vinha alertando.

Nesse sentido, a manutenção dos juros no escandaloso patamar de 2 dígitos, sob a falsa justificativa de controlar a inflação, continuará a beneficiar um seleto grupo de rentistas e bancos, que vivem de especulação, haja vista que a cada 1% da taxa SELIC o país gasta anualmente, a mais, R$ 42,9 bilhões, apenas com juros da chamada dívida! Precisamos urgentemente limitar os juros no Brasil, assim como propõe o PLP 104/2022 que tramita atualmente na Câmara dos Deputados e que precisa do seu apoio. Envie carta a parlamentares com um clique e declare seu apoio: https://auditoriacidada.org.br/pressione-a-cft-por-audiencia-publica-pelo-limite-dos-juros-no-brasil/