Economista fala sobre as Consequências da Renegociação da Dívida dos Estados
Muito tem se falado sobre a renegociação das dívidas dos estados com a União, mas a mídia pouco debate os reais impactos que poderá gerar aos entes federados.
Em entrevista concedida pela economista e especialista em gestão pública, Eulália Alvarenga, à TV Assembleia, ela ressalta que o acordo irá apenas protelar o problema, mas que está longe de ser resolvido.
.“Nossos políticos veem a gestão pública dentro do mandato deles, de quatro anos, eles não pensam o país para daqui dez, 20 anos. Por que não enfrentar o problema?”, questionou.
.A suspensão do pagamento da dívida por seis meses e o alongamento das dívidas dos estados com a União por mais 20 anos, não são um perdão da dívida. Segundo a economista, os entes terão um alívio momentâneo, mas essa dívida com pagamento suspenso está sendo capitalizada com juros sobre juros, e as consequências virão para as futuras gerações. Ela se refere ao pacote de medidas que o governo empurrou para os estados em contrapartida a suspensão e alongamento.
“As condicionantes da PEC que prevê que o teto para aumento de gastos públicos será igual à inflação do ano anterior, é muito impactante para a administração pública, para os direitos da sociedade”, criticou. Ela acrescentou que essa proposta surge justamente em um momento de crise, onde as pessoas estão perdendo seus empregos e com isso, passam a precisar mais dos serviços públicos.
Confira entrevista completa: