Ensinamentos da Paralisação dos Caminhoneiros – Parte 1

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Mais cortes de gastos sociais e sua relação com o Sistema da Dívida

Iniciaremos uma série inspirada nos ensinamentos que a paralisação dos caminhoneiros está possibilitando, fazendo sempre a sua relação com o Sistema da Dívida. É importante lembrar que essa paralisação foi motivada originalmente pela elevação do preço deste combustível, ocorrida devido a vários fatores, conforme mostrou Nota da Auditoria Cidadã da Dívida.

Vamos iniciar pela análise da notícia de que, para cobrir o gasto adicional com o subsídio ao diesel, estabelecido para reduzir o seu preço e tentar suspender a paralisação dos caminhoneiros, o governo irá fazer cortes de gastos em áreas importantes, como as políticas de apoio à juventude, enfrentamento à violência contra as mulheres, reforma agrária, saúde, saneamento, previdência, moradia, dentre várias outras.

Seria essa a única alternativa?

Claro que não!

A primeira alternativa seria rever a insana política de preços adotada pela Petrobras, mas esse governo ilegítimo não quer incomodar os grandes acionistas nacionais e estrangeiros interessados nos ganhos decorrentes dessa política que, de quebra, impulsiona a privatização da Petrobras.

A alternativa adotada pelo governo visa obedecer as amarras da meta de “resultado primário” imposta pelo FMI e as colocadas pela Emenda Constitucional nº 95 (que estabeleceu teto somente para os gastos sociais – por 20 anos – deixando fora desse teto os gastos financeiros com a dívida pública).

Acompanhe, na sequencia, os próximos posts nos quais explicaremos essas amarras e desenvolveremos uma série de sugestões. Apresente as suas também.