Grande imprensa engana a população sobre o aumento da dívida pública
Hoje, grandes jornais noticiaram que na primeira metade do ano a dívida pública cresceu mais de R$ 600 bilhões por causa dos gastos para enfrentar a pandemia, quando na verdade o crescimento se deve principalmente ao aumento das operações compromissadas (operações de remuneração da sobra de caixa dos bancos, cujo estoque aumentou R$ 434 bilhões), incidência de juros sobre a dívida (R$ 112 bilhões) e o aumento da dívida externa medida em reais (R$ 64 bilhões), principalmente devido à desvalorização do real, conforme pode ser visto na tabela 20 do arquivo disponível na página do Banco Central.
A grande mídia tenta criar a narrativa de que os grandes bancos e investidores é que estariam financiando o combate à pandemia, quando na realidade estes gastos estão sendo feitos principalmente com a utilização da Conta Única do Tesouro, que dispõe de cerca de R$ 1 TRILHÃO. Os bancos, na realidade, estão sendo é privilegiados, pois receberam R$ 1,2 trilhão para emprestar a pessoas e empresas, mas preferiram dificultar os empréstimos e destinar sua sobra de caixa para o Banco Central, que lhes premia remunerando esta montanha de dinheiro. E agora podem receber mais trilhões do Banco Central por meio da Emenda Constitucional 106 (saiba mais )
O aumento da dívida pública (e a sua remuneração pelo Estado com juros) devido a estes mecanismos financeiros – e não para a realização de investimentos sociais – significa a transferência de dinheiro (e consequentemente, riqueza) da população que trabalha para os capitalistas rentistas.
AUDITORIA JÁ !!!