Banco Central eleva a taxa básica de juros pela segunda vez em 2021

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O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu ontem, por unanimidade, elevar a taxa básica de juros da economia (Selic) em 0,75 ponto percentual, passando de 2,75% para 3,50% ao ano. É o segundo aumento de 2021, desde a elevação da taxa de 2% para 2,75%, em 17 de março. Enquanto boa parte dos países ao redor do mundo diminui e mantém juros baixíssimos ou até mesmo negativos, o Brasil aumenta suas taxas com a justificativa de combate à inflação. Porém, sabemos que a inflação decorre de aumento de outros preços que não se reduzem quando os juros sobem, pelo contrário!

Como já explicamos em diversos materiais, a inflação no Brasil é causada pelo aumento de preços administrados pelo próprio governo (combustíveis, energia, planos de saúde, remédios etc.) e altas de alimentos, devido à política agrícola que privilegia a agricultura de exportação, além da desvalorização do real, causada por incompetência do Banco Central (que oferece contratos de apostas – swap – estimulando a especulação com a moeda brasileira) e devido à ausência de controles sobre os fluxos de capitais financeiros especulativos. Assista à live em que tratamos da inflação e do aumento de juros e saiba mais: https://auditoriacidada.org.br/video/live-inflacao-explode-e-empobrece-a-populacao-a-solucao-e-aumentar-juros/.

Juros altos impedem a circulação dos recursos na economia e impedem investimentos geradores de emprego e renda, aprofundando o cenário de escassez que não tem nada a ver com a abundância que existe no Brasil. (ver https://auditoriacidada.org.br/conteudo/crise-fabricada-video-12-ehoradevirarojogo/ )

É cada vez mais urgente a realização da auditoria da dívida diante dessas novas medidas, tendo em vista que as altíssimas taxas de juros brasileiras constituem uma das principais ilegitimidades da origem desta dívida – que concentra renda e poder no país – e deveria ser investigada por uma ampla auditoria integral com participação social.