Eduardo Brasileiro mostra a importância da “Economia de Francisco e Clara” – Painel 10 do Seminário Nacional da ACD
A noite de sexta-feira, dia 9, também contou com o sociólogo e educador social Eduardo Brasileiro no Painel 10 do Seminário Nacional promovido pela Auditoria Cidadã da Dívida, com o assunto Resultados sociais e econômicos resultantes do enfrentamento do Sistema da Dívida e impulso à concretização da “Economia de Francisco e Clara”.
Membro da Articulação Brasileira pela Economia de Francisco e Clara (ABEFC), o sociólogo afirmou que vivemos num modelo de sociedade que tem como centralidade uma crise do modo capitalista, crise esta estrutural e que pode ser muito longa. Considerou urgente reunir vários segmentos sociais para discutir políticas públicas e uma nova arquitetura econômica que priorize a vida.
Abordou a importância de se aproveitar a liderança política do Papa Francisco, que convocou a juventude do mundo todo para que sejam protagonistas da “Economia de Francisco e Clara”, iniciativa que visa criar um outro modelo econômico que coloque o ser humano no centro e respeite o meio ambiente. Ressaltou o chamamento para que todos possam contribuir com o novo paradigma econômico, por meio da solidariedade, da partilha, da ecologia integral e do protagonismo dos movimentos sociais.
Salientou, nessa linha, que a Auditoria Cidadã da Dívida tem vários debates evoluídos sobre a origem dos problemas econômicos do Brasil, citando a campanha É hora de virar o jogo.
Por outro lado, citou sua preocupação com um conselho que estaria tentando desviar o foco da Economia de Francisco e Clara para um “capitalismo inclusivo”, o que foi repudiado pela ABEFC (ver Nota disponível em http://www.ihu.unisinos.br/…/605742-sobre-o-lancamento-do-c… ).
Afirmou ainda que a discussão da Economia de Francisco e Clara apresenta uma visão pós-capitalista. Leu parte da Carta da articulação (ABEFC) da qual faz parte, com destaque para a seguinte transcrição: “Nossa proposta de uma economia baseada no feminino, no ciclo, na acolhida, no cuidado e no afeto pressupõe uma transição radical dos modos e nas formas de produção linear, masculinizada, que impôs uma visão de progresso baseada na extração. Assumimos uma compreensão circular do processo produtivo. Também expressa um profundo compromisso ético com as gerações que estão por vir”.
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