Entidades cogitam Greve Unificada de Servidores Públicos após mais um ano sem reajustes

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Reunião organizada pelo Fórum dos Servidores Federais (Fonasefe) no dia 29/12 reuniu entidades do funcionalismo público para discutir a construção de Greve Unificada para o início de 2022. O Orçamento da União aprovado pelo Congresso Nacional prevê R$ 1,7 bilhão de reajuste apenas para a Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Departamento Penitenciário Nacional (Depen), deixando as demais carreiras sem previsão de reposição salarial para 2022.

Muitas carreiras já acumulam 5 anos sem qualquer reajuste, acumulando perdas inflacionárias medidas pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 27,2%. A quem interessa este reajuste tão específico apenas para uma categoria?

O atual governo faz propaganda para jogar a população contra o servidor público, colocando nele a culpa pelo rombo nas contas públicas e propondo uma reforma administrativa (PEC 32) que não possui qualquer estudo que comprove que haverá economia e que não inclui o alto escalão do funcionalismo (Judiciário, Ministério Público e Forças Armadas).

“Quando falamos de reposição salarial, estamos falando de qualidade de serviço prestado, da condição que esse serviço chega ao público. Esse movimento também é uma pauta em defesa do serviço público”, disse Rivânia Moura, presidenta do ANDES Sindicato Nacional, durante a reunião virtual.

A ACD já demonstrou em diversas lives e publicações que é o gasto com a chamada dívida pública o verdadeiro culpado pelos maiores gastos orçamentários. É urgente que se cumpra a Constituição e seja realizada a auditoria da dívida pública, com participação social, para podermos virar esse jogo e construirmos um país mais justo e desenvolvido para todos. Auditoria já!