Rombo da dívida pública vai pesar novamente no bolso dos trabalhadores?

Compartilhe:
Quando achamos que Paulo Guedes não pode nos surpreender ainda mais, o Ministro da Economia consegue novamente. Após atacar os servidores públicos, privatizar nossas empresas estratégicas por migalhas e tentar passar uma série de “contrarreformas”, o jornal Folha de São Paulo revelou que o atual governo tem planos para mexer no reajuste anual do salário mínimo, aposentadorias e pensões!
 
Divulgada pela imprensa na última semana, a proposta desvincularia o reajuste da inflação do ano anterior, tirando a garantia de um reajuste que acompanhe, no mínimo, o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). Na prática, a medida serve apenas para liberar reajustes MENORES que os da inflação, já que atualmente não há o que impeça um aumento maior que o do INPC – lembrando que desde 2019 não há aumento real do salário mínimo, ou seja, um aumento acima da inflação.
 
A ideia de Guedes é consolidar a política do Teto de Gastos Sociais (criado pela Emenda Constitucional 95), rebaixando ainda mais os benefícios previdenciários, para que a soma dos gastos sociais não ultrapasse esse teto, e assim se priorize cada vez mais o pagamento da questionável dívida pública, principal despesa do orçamento, e que não possui teto algum. Seria aprofundada assim a política de cortes em investimentos sociais fundamentais, prejudicando áreas como a previdência, saúde e a educação pública.
 
Como afirmou o prof. Mathias Luce em live da Auditoria Cidadã da Dívida, “precisamos de um revogaço” para anular todas essas medidas que amarram a nossa economia e desenvolvimento, começando por esse teto que impõe limite aos gastos sociais, mas mantém um privilégio para uma dívida pública jamais auditada, repleta de indícios de ilegalidade, e que consome a maioria dos nossos recursos sem ao menos revelar quanto e a quem estamos pagando. #AuditoriaJá