GRANDE IMPRENSA REPETE ARGUMENTOS FALACIOSOS PARA DEFENDER O CHAMADO “DÉFICIT ZERO”

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Nestes últimos dias, temos visto grandes jornais repetirem argumentos falaciosos para defender o chamado “déficit zero” (ou seja, cortes de investimentos sociais), para que o governo não “gaste mais do que arrecada”. Dizem também que o déficit afetaria a “credibilidade do país frente a investidores”, reduzindo investimentos, e provocando elevação nas taxas de juros. Pura mentira.

Na realidade, o que os jornais – e seus economistas entrevistados – defendem, na realidade, é o chamado “déficit PRIMÁRIO zero”, que OMITE (ou seja, deixa de fora da conta) os gastos trilionários com juros e amortizações da dívida, que têm consumido cerca da metade de todo o orçamento federal. Portanto, o que eles estão defendendo de verdade é o corte de investimentos sociais para continuar enchendo cada vez mais os bolsos dos principais beneficiários da dívida pública brasileira, que são bancos e grandes investidores. Esta sim é a verdadeira “gastança”, mas que é simplesmente omitida nas contas dos analistas entrevistados pelos jornais.

As contas deles também deixam de lado diversos recursos que podem ser destinados para investimentos sociais, como eventuais lucros do Banco Central, recebimentos de juros e amortizações das dívidas dos estados, além da montanha de dinheiro (R$ 1,7 TRILHÃO) que já se encontra hoje no caixa do governo federal. Desta forma, tais analistas criam a ideia de que o estado estaria gastando demais nas áreas sociais, sem ter recursos, e se endividando para isso, quando na realidade o governo dispõe de muitas receitas, mas está destinando-as (e se endividando) para privilegiar os super ricos, beneficiários da dívida pública.

Na realidade, para aumentar os investimentos, não é necessário cortar investimentos sociais (como os jornais dizem), mas sim, aumentar os investimentos públicos, e reduzir as taxas de juros.

Para aprofundar este tema, vejam a Live da ACD do dia 6/11/2023:

Acompanhem os próximos posts, onde continuaremos a mostrar a falácia destes argumentos utilizados por grandes veículos de comunicação, que só beneficiam os super ricos.