Privatização da energia continua, apesar de péssimas experiências nos Estados

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A estatal chinesa State Grid arrematou, em dezembro, o lote principal do maior leilão de linhas de transmissão de energia já feito no Brasil. O projeto passa por Maranhão, Tocantins e Goiás, e foi arrematado com deságio de 40% pela empresa da China.

Pelos lados do governo, muito se comemorou. Entretanto, devemos lembrar as terríveis experiências recentes do resultado, na prática, da privatização em um setor tão estratégico.  Está sendo esquecido, por exemplo, o caso do Amapá, onde empresa privada de transmissão de energia deixou aquele estado sem luz por mais de 20 dias, tendo sido necessário o salvamento do Estado pela estatal Eletrobras.  Da mesma forma, em São Paulo houve o apagão proporcionado pela Enel que deixou milhares de pessoas sem energia durante dias.

Os defensores das privatizações insistem que o governo teria que vender suas empresas para pagar a dívida pública, e que não teria recursos para investir nas linhas de transmissão. Porém, é exatamente para o pagamento desta dívida que metade de todo o orçamento federal é sugado, sendo que este endividamento não tem servido para financiar investimentos sociais, mas para pagar os próprios juros e amortizações da própria dívida.

A ACD tem denunciado o resultado das privatizações de energia (saiba mais aqui). Em 2024, é fundamental fortalecer a luta pelo fortalecimento do serviço público, enfrentando a política neoliberal de privatizações a todo custo.