Banco Central quer garantir o risco do setor privado por mais tempo, às custas de mais dívida pública

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Hoje, 29/2/2024, o Jornal Valor Econômico publicou notícia dizendo que o Banco Central (BC) quer ofertar os chamados “swaps cambiais” com prazos mais longos, e isso significa que o BC vai ficar por mais tempo garantindo que, se o dólar subir, vai pagar aos bancos e demais privilegiados sigilosos que têm acesso acesso a esses contratos, o que eles ganhariam, de acordo com a variação da moeda estadunidense no período contratado. Esse custo vira dívida pública, que obviamente nada tem a ver com investimentos sociais, mas sim, com mecanismos financeiros, cujos beneficiários são sigilosos, apesar de serem bancados às custas do povo.

Eventualmente, quando o dólar cai e o contratante de Swap não optou pelo Swap-reverso, o Banco Central pode ter lucro com esses contratos, porém, estes valores, se repassados ao Tesouro Nacional (na forma de lucro do BC), não podem ser destinados às áreas sociais, mas apenas para o pagamento da chamada “dívida pública”. Importante ressaltar que, em 2020, o BC foi autorizado a repassar R$ 325 bilhões de lucros ao Tesouro, destinados exclusivamente para o pagamento da Dívida Pública. Portanto, vemos que existe uma lógica por trás de todo este mecanismo, no qual a chamada “dívida pública” surge e cresce sem financiar as áreas sociais.
Para quem quer entender a verdadeira “aposta” que confiram esses contratos de Swap, recomendamos ler a Representação do TCU disponível aqui.
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