BRASIL FAZ TETO DE GASTOS SOCIAIS, “AUTONOMIA DO BC”, REFORMA TRABALHISTA E GANHA EM TROCA “SELO” DE BOM PAGADOR DE DÍVIDAS

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Nesta semana, a agência de classificação de risco Moody’s elevou a nota de crédito do Brasil de Ba2 para Ba1, colocando o país a um passo do chamado “grau de investimento”, o que significa um “selo” de bom pagador de dívidas. Para isso, a Moody`s levou em consideração fatores como o arcabouço fiscal (teto de investimentos sociais) e outras reformas desejadas pelos rentistas, como a autonomia do BC e a reforma trabalhista. A Agência ainda diz que está preocupada com a possibilidade de crescimento de gastos em áreas como a Previdência, saúde e educação, e que isso pode fazer com que os rentistas exijam juros maiores para comprar títulos da dívida. Como se nossos juros reais já não fossem um dos maiores do mundo, perdendo somente para a Rússia, em guerra.

Ou seja, a preocupação da Moody’s indica que, para o mercado financeiro, a prioridade sempre são os ajustes fiscais que beneficiam o pagamento de juros da dívida pública, em detrimento de investimentos sociais.

O posicionamento da Moody’s serve principalmente aos interesses dos rentistas — aqueles que lucram com a dívida pública brasileira. Esses grupos defendem medidas que aumentam a confiança de investidores estrangeiros (em detrimento das necessidades mais urgentes da população), como o teto de gastos sociais e a autonomia do Banco Central, aprofundando o arrocho fiscal e limitando o crescimento econômico a longo prazo.

#auditoriaja