Imposto sobre grandes fortunas é rejeitado!
Mais uma vez, a Câmara dos Deputados fez a escolha de proteger os bilionários, rejeitando uma proposta de regulamentação do Imposto Sobre Grandes Fortunas (IGF), um dispositivo já previsto na Constituição desde 1988, mas que nunca foi implementado no Brasil. Com 136 votos favoráveis – apoio apenas do PSOL, PT, PSB, PCdoB, PV e Rede – a proposta não alcançou o número necessário para avançar. Partidos como PSD, MDB, Podemos e Republicanos se uniram a PL e Novo para barrar uma medida que poderia ser fundamental para reduzir as desigualdades extremas no país.
A proposta era clara e justa: tributar fortunas entre R$ 10 milhões e R$ 40 milhões em 0,5%, entre R$ 40 milhões e R$ 80 milhões em 1%, e acima de R$ 80 milhões em 1,5%, promovendo justiça fiscal e recursos para serviços públicos. Para o deputado Ivan Valente (PSOL), autor da proposta, essa contribuição dos super-ricos seria “uma mixaria” para eles, mas poderia representar grandes avanços para o país.
Enquanto o Brasil deixa de taxar fortunas, países desenvolvidos já adotam mecanismos semelhantes – a ponto de ser um tema da próxima reunião do G20!
Seguimos como uma das nações mais desiguais do mundo e isso não é um acaso: decorre exatamente do modelo tributário regressivo, que onera pesadamente o consumo de quem ganha pouco, os salários da classe trabalhadora, mas deixa sem tributação alguma as fortunas, a distribuição de lucros a banqueiros e sócios de grandes corporações, entre outros privilégios do Sistema da Dívida e da política monetária suicida do Banco Central que tornam os ricos cada vez mais ricos, enquanto a imensa maioria da população é submetida a inaceitável escassez.
#Éhoradevirarojogo