“O pacote de gastos é extremamente nocivo para a sociedade”, diz Fattorelli em entrevista
A coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lucia Fattorelli, foi convidada pelo jornalista Beto Almeida para participar do programa Latitud Brasil e trouxe uma análise crítica do pacote fiscal apresentado pelo governo. Durante a entrevista, Fattorelli destacou que, embora o teto de gastos da Emenda Constitucional 95/2016 tenha sido formalmente substituído, o novo arcabouço fiscal (Lei complementar 200/2023) segue uma lógica semelhante, impondo limites rígidos ao crescimento dos investimentos sociais, enquanto favorece o mercado financeiro ao privilegiar o gasto com o Sistema da Dívida.
Ela explicou como a regra de reajuste do salário mínimo, agora limitada a um máximo de 2,5% ao ano, desde que cumpridas as exigências do arcabouço fiscal, prejudicará milhões de brasileiros, afetando diretamente o poder de compra da população mais vulnerável. Se essa nova política estivesse em vigor desde o Plano Real, o salário mínimo vigente desde janeiro/2024, de R$ 1.412,00, seria equivalente a apenas R$ 1.095,00.
A entrevista também evidencia como as metas fiscais e o pagamento da dívida pública continuam drenando recursos essenciais das áreas da saúde, educação e demais serviços sociais, mantendo o país refém dos interesses do mercado financeiro. Quer entender mais sobre os impactos dessas medidas? Assista ao vídeo completo aqui: