Fattorelli denuncia o impacto do “alarmismo” sobre a alta do dólar aos cofres públicos
Conforme destacado pela Piauí, a jornalista do Globo Míriam Leitão reconheceu, em sua coluna, que a alta do dólar no final de 2024 não foi causada pela crise fiscal brasileira, como muitos “analistas do mercado” alarmavam no final de 2024. De acordo com a jornalista, a queda do dólar verificada nesse início de 2025, que já resultou numa valorização de 6,6% do real, desmente a ideia de que as contas públicas seriam o principal fator da desvalorização do real.
Maria Lucia Fattorelli, coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida (ACD), lembra que, “por causa daquele ‘alarmismo’, dezenas de bilhões de dólares de nossas reservas internacionais foram torrados. Adicionalmente, o Banco Central ainda apurou um prejuízo de mais de 100 bilhões de reais com swap – operação sigilosa mediante a qual o Banco Central assume o risco pela variação do dólar – prejuízo que pode ser coberto pelo Tesouro Nacional à custa de mais dívida pública”.
Com a desculpa de tentar controlar a volatilidade do câmbio, as sigilosas operações de Swap realizadas pelo Banco Central têm resultado em enormes perdas para o país, pois, ao final, são pagas com dinheiro público e sem transparência alguma e questionáveis justificativas.
Fattorelli alerta: “o próprio mercado cria o alarmismo e influencia o Banco Central, que tem carta branca para realizar essas operações que sangram centenas de bilhões em questão de dias! O BC perde, o Tesouro perde… e quem ganha? O próprio mercado que criou o alarmismo”.
O prejuízo causado por essas operações é, na prática, coberto pela emissão de dívida pública, o que aprofunda o déficit nominal e o rombo das contas públicas que está no Sistema da Dívida.
Não podemos mais ignorar os custos desta política econômica voltada para os interesses do mercado. É hora de virar o jogo!
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