RJ: trabalhador é assassinado em operação policial; população faz protesto
Na última sexta-feira (07/06), uma festa junina no morro Santo Amaro, zona sul do Rio de Janeiro, terminou em tragédia após mais uma ação violenta da polícia em territórios populares. A operação, realizada em meio à celebração comunitária, resultou no assassinato do jovem trabalhador Herus Guimarães e deixou outras cinco pessoas feridas.
Neste domingo (09/06), cerca de 300 pessoas ocuparam as ruas do Catete e da Glória exigindo justiça por Herus e denunciando a política de extermínio contra a juventude negra e favelada. O protesto, que reuniu moradores, trabalhadores, estudantes e familiares de vítimas da violência do Estado, foi alvo de intimidações, disparos de arma de fogo e tentativas de atropelamento. Mesmo assim, a manifestação seguiu firme e deu um recado claro: “O favelado é trabalhador, quem é bandido é o governador!”
Casos como o de Herus não são exceção. São parte de uma lógica de gestão da pobreza baseada no medo, na militarização e na violência. Enquanto isso, o orçamento destinado à segurança pública em 2024 foi de apenas 0,35%, segundo dados oficiais. A ausência de políticas públicas é também efeito direto do Sistema da Dívida, que suga os recursos que deveriam garantir direitos e segurança à população.
A Campanha Nacional por Direitos Sociais se solidariza com a família de Herus e com todos que foram atingidos por mais esse episódio brutal. Seguiremos em luta por justiça, por memória, e por um outro modelo de sociedade em que a vida das favelas importe.
✊🏽 Justiça por Herus!
📢 Chega de violência do Estado!
💰 Segurança pública é direito, não é bala nem caveirão!