País terá educação de qualidade se deixar de pagar 2% dos juros da dívida, diz Plínio
A Folha Online repercute a afirmação do candidato à Presidência Plinio de Arruda Sampaio (PSOL), de que o “País terá educação de qualidade se deixar de pagar 2% dos juros da dívida”. De fato, o Orçamento Geral da União destinou em 2009 para a dívida pública uma quantia 12 vezes maior que para a Educação. Assim, uma pequena redução nos gastos com o endividamento já teria um enorme impacto nas políticas sociais.
Um exemplo deste problema está no jornal Correio Braziliense de hoje, que noticia o início da greve de fome de um funcionário da Universidade de Brasília, para manifestar contra a redução salarial, que no seu caso implicou uma perda de nada menos que R$ 500 por mês.
O endividamento também prejudica os trabalhadores na Espanha, onde o Parlamento aprovou a reforma trabalhista, para ganhar a credibilidade dos rentistas, conforme mostra o jornal Estado de São Paulo.
Porém, os sindicatos não aceitarão estas reformas do FMI: preparam a greve geral para o dia 29.
Greve – Servidor da UnB entra em greve de fome
09/09/2010 – Correio Braziliense – Rayanne Portugal
Notícias diárias comentadas sobre a dívida – 08.09.2010
O Portal G1 traz as declarações da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, de que o pagamento da dívida com o FMI tornou o país independente, e que agora o país deixou de ser devedor e passou a ser credor.
Porém, na realidade, o pagamento ao FMI, feito ao final de 2005, significou o pagamento de uma dívida ilegítima e nunca auditada, desrespeitando a Constituição Federal. O pagamento ao FMI foi feito às custas de mais dívida interna, com juros maiores e prazos menores. Portanto, não é correto dizer que a dívida teria acabado. Na verdade, ela não pára de crescer.
Além do mais, as imposições feitas pelo FMI continuam vigentes, e sendo constantemente aplicadas pelo governo, como o superávit primário (cortes de gastos sociais para o pagamento da dívida). Prova disso é a afirmação do Secretário do Tesouro, Arno Augustin, no jornal Estado de São Paulo, de que “Cortaremos despesas para atingir meta” de superávit primário.
As reformas impostas pelo FMI continuam vigentes, a exemplo da Previdenciária e a Tributária, que sacrifica os trabalhadores para privilegiar os rentistas. Por isso, infelizmente não se pode dizer que o Brasil é independente.
Estas reformas também estão sendo impostas pelo FMI na Europa, conforme mostra notícia da Folha Online. Os governos da Grécia, Espanha, Itália e Romênia implementam aumentos tributários e cortes de salários e gastos públicos, enquanto na França 2 milhões de pessoas se manifestaram ontem (7/9) contra a Reforma da Previdência. O argumento oficial é sempre o mesmo: de que não há recursos.
Porém, quando o setor financeiro vai à falência, os governos prontamente organizam pacotes trilionários de ajuda. A União Européia, por exemplo, ajudou os bancos em trilhões de euros nos últimos anos, e para isso, se endividou. Agora, para pagar esta dívida ilegítima, os governos propõem cortes de gastos sociais.
Mas os trabalhadores de toda a Europa não vão deixar o FMI seguir impondo sua agenda nefasta
Dilma Rousseff fala da importância do 7 de Setembro para o país
Portal G1 – 7/9/2010