ACD questiona presidente do Banco Central sobre argumentos para não reduzir os juros

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Na última semana, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a projeção do Copom de seguir reduzindo os juros em 0,5 ponto percentual serve apenas para as próximas duas reuniões, não valendo para indicar cortes posteriores. As próximas duas reuniões do Copom estão marcadas para janeiro e março do ano que vem, e a seguinte será em maio.

Ao ser questionado, Campos Neto justificou que é um horizonte compatível com “nossa visibilidade como política monetária”, e que “a gente acha que essa é a forma de conduzir a política [monetária] com o mínimo de custo, o mínimo ruído possível”. E, para incredulidade geral, ainda emenda que “a gente não tem certeza de nada”.

Olha só o nível de argumentação de um presidente de um órgão com poderes praticamente irrestritos que controla a economia do país. Por isso 2024 tem de ser o ano para virar esse jogo.

Campos Neto fica sempre arrumando argumentos furados para não reduzir os juros de forma efetiva. Fala que o governo tem que fazer mais ajuste fiscal, tem que fazer mais reformas, como se a inflação estivesse fora de controle, e como se a inflação fosse consequência de um suposto excesso de investimentos sociais. Ora, está claro que o rei da gastança é o próprio Banco Central, estabelecendo juros altíssimos, fazendo o governo federal gastar mais de R$ 800 bilhões de juros neste ano.

Cadê as respostas para os questionamentos feitos pela ACD? (Acesse aqui para ler as indagações feitas ao Presidente do Banco Central). Porque até agora o BC faz o que quer, sem prestar conta alguma para a sociedade, querendo ainda mais poder para o controle total da economia sem ser incomodado.