Auditoria Cidadã promove 1° Encontro Mineiro Sobre Dívida Ecológica

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Sediado em Belo Horizonte, o 1° Encontro Mineiro Sobre Dívida Ecológica almeja debater e construir coletivamente conceito de dívida ecológica a partir do estudo de casos emblemáticos como o rompimento da barragem em Mariana e o a destruição da Serra do Curral.

Para a coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lucia Fattorelli, uma das palestrantes, o tema sobre a dívida ecológica ainda é abordado de forma incipiente, e nem mesmo o conceito de dívida ecológica está estabelecido. “Entendemos que há muito que avançar no próprio conceito de “Dívida Ecológica”, pois os atores responsáveis pela exploração predatória das riquezas naturais e a geração de danos ambientais e ecológicos irreparáveis não envolvem simplesmente países do Norte, mas principalmente empresas transnacionais e instituições financeiras que viabilizam a comercialização das matérias primas com lucros exorbitantes e ocultos, através da utilização de paraísos fiscais”, explica.

A ideia do encontro é reunir especialistas e pessoas interessadas no tema para ampliar o conceito de “Dívida Ecológica”, trazê-lo mais próximo da realidade, analisando também aqueles que dependem e os que são afetados pelos impactos e desastres ambientais.

“É necessário tratar o tema da “Dívida Ecológica” de forma integral, considerando-se o conjunto de atores que produzem a dívida ecológica, e também levando-se em conta a sua larga abrangência, que vai muito além da insaciável pilhagem das riquezas naturais,
que tem substituído serras e montanhas por ameaçadoras represas de dejetos. É preciso considerar vários outros fatores, por exemplo: o estabelecimento do preço dos minerais de forma arbitrária no exterior; o montante do dano que tem sido provocado
historicamente, tendo em vista o “valor” das riquezas espoliadas, da vegetação suprimida, dos rios contaminados e até assassinados; da utilização indiscriminada da água; dos animais extintos, enfim, todo o conjunto de reflexos para a Natureza”, afirma Fattorelli,

A realização do evento em Belo Horizonte (MG) é representativo de um contexto pela qual passa a cidade e região, que sofrem com ameaças à Serra do Curral, devido à atividades de mineração e também com os interesses imobiliários especulativos.

As atividades serão realizadas na Associação dos Funcionários Fiscais do Estado de Minas Gerais (AFFEMG) no dia 19 de julho de 2018.

SERVIÇO:
1° Encontro Mineiro Sobre Dívida Ecológica
Data: 19 julho
Local: AFFEMG (Rua Sergipe 893 – Savassi, Belo Horizonte).

PROGRAMAÇÃO

MANHÃ

08:00 – Chegada e recepção dos participantes

08:30 – Abertura

08:45 – 1º Painel – Adriano Peixoto (Moderador)

Palestra: Dívida Ecológica: somos credores.

Maria Lúcia Fattorelli

Coordenadora Nacional da Auditoria Cidadã da Dívida

Palestra: Governança ambiental, a questão territorial e a divida ecológica

Klemens Laschefski

Profª do IGC/UFMG

Pesquisador do GESTA- Grupo de Estudos em Temáticas Ambientais/UFMG

09:45 – Perguntas e comentários

10:15 – Coffe Break (caseiro e agroecológico) – Traga sua caneca ou garrafinha.

10:30 – 2º Painel – Maria Lúcia Fattorelli (Moderadora)

Palestra: Produção e qualidade das águas na natureza: como mensurar o seu valor?

Marcus Vinícius Polignano

Médico, Professor e Coordenador do Projeto Manuelzão/UFMG

Palestra: Amputação da vida e da esperança: como mensurar?

Patrícia Generoso Thomaz Guerra

Integrante da REAJA -Rede de Articulação e Justiça Ambiental dos Atingidos pelo Projeto Minas-Rio

Conselheira do CBH Santo Antônio (FONASC)

Palestra: Um direito para a ecologia da restauração

Luciano J. Alvarenga

Mestre e doutorando em Ciências Naturais pela UFOP

Bacharel em Direito pela UFMG

Assessor no Ministério Público de Minas Gerais

12:00 – Perguntas e comentários

12:30 – Intervalo para almoço

TARDE

14:00 – Reflexão “Povos indígenas, Rio Watu e Pachamama”

14:30 – Grupos de Trabalho

15:45 – Apresentação da síntese dos grupos de trabalho

16:30 – Propostas, encaminhamentos e avaliação

17:00 – Encerramento