BANCO CENTRAL “INDEPENDENTE” MANTÉM JUROS NAS ALTURAS E CHANTAGEIA O PAÍS, EXIGINDO “REGRA FISCAL”
Ontem, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central (BC) manteve a taxa de juros “Selic” no altíssimo patamar de 13,75% ao ano, jogando contra o desenvolvimento socioeconômico do país, e usando como justificativa expectativas futuras de inflação feitas pelos próprios banqueiros.
Em sua Nota para a Imprensa (https://www.bcb.gov.br/detalhenoticia/17825/nota ), o BC alegou que as expectativas de inflação futuras estão pressionadas pela “incerteza sobre o futuro do arcabouço fiscal do país”, ou seja, em outras palavras, dizendo que só vai baixar os juros quando os rentistas da dívida pública estiverem de acordo com uma nova regra fiscal que lhes agrade.
Mais absurdo ainda foi reconhecer, abertamente, que “Em relação à atividade econômica brasileira, o conjunto dos indicadores mais recentes segue corroborando o cenário de desaceleração esperado pelo Copom”. Ou seja, o BC fabrica a crise mantendo-se juros altos, sob a falsa justificativa de combater uma inflação que decorre, na realidade, de preços administrados pelo próprio governo (combustíveis, energia, por exemplo), e preços de alimentos que não caem com a alta de juros, mas que poderiam cair com políticas agrícolas e agrárias que priorizem a agricultura familiar, e não a grande agricultura de exportação.
Com a Selic impactando diretamente em todas as demais taxas de juros do mercado, continuarão de difícil acesso os empréstimos para os trabalhadores e empresários poderem realizar investimentos, impedindo um ciclo onde seriam gerados mais produtos, serviços, empregos e renda para a população. Com a Selic alta, continuarão altos os lucros dos bancos devido aos mecanismos financeiros que os pagam diariamente pelo dinheiro que não emprestam à população.
“Não adianta esperar que quem defende interesses do mercado financeiro abra mão de seus juros gigantes. Estão aprofundando a crise fabricada, como o presidente do BC já havia dito lá no final de 2021 que faria, quando disse que ser preciso ‘colocar o país em recessão’”, afirmou a coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lucia Fattorelli, citando a declaração de Roberto Campos Neto, presidente do BC, feita em 2021, tema de umas lives da ACD (assista e saiba mais em https://www.youtube.com/watch?v=RJNHX82-CrQ)
É por isso que é fundamental a pressão da sociedade para que seja revogada a “Independência” do BC e seja aprovado o Limite dos Juros, através do nosso Projeto de Lei Complementar 104/22! Só assim poderemos combater a ganância do setor financeiro, que agora regido por um Banco Central independente, controla a economia do Brasil e joga contra o próprio povo. #LimiteDosJurosJá #TemQueVirarLei