Banqueiros se assustam com limite dos juros
Hoje o Jornal Valor Econômico noticiou que os bancos estão assustados com a redução do limite de juros para o crédito consignado do INSS, de 2,14 para 1,7% ao mês (o que significa 22,4% ao ano), alegando que tal taxa seria inviável, mesmo estando mais de 8% acima da Taxa Selic anual, que já é muito alta. O banco Citbank já teme que “tal mudança pode aumentar o ruído em outros potenciais tetos de taxa de juros, como é o caso dos empréstimos de cartão de crédito, o que pode pesar nas ações dos bancos.”
Ou seja, quando se fala em teto de juros, os banqueiros já sentem pavor, temem que hajam limites sobre outras modalidades de empréstimo, e criam as mais diversas justificativas para tentar dizer que tal limite prejudicaria os mais pobres, pois faria os bancos desistirem desta modalidade de crédito, mesmo que tal novo teto ainda só seja aplicável a novas operações, e ainda seja muito alto.
Esta reação dos bancos é a prova de que estamos no caminho certo ao lutar pela aprovação do PLP (Projeto de Lei Complementar) 104/2022, resultante de proposta da Auditoria Cidadã da Dívida e outras entidades da sociedade civil, e que limita os juros de quaisquer empréstimos a 12% ao ano, cerca da metade do limite definido agora para o consignado do INSS.
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