Brasil cai oito posições em ranking de PIB per capita
A razão entre o Produto Interno Bruto (PIB) de um país por seu número de habitantes (per capita) é um indicador síntese do nível de funcionamento de uma economia útil para fins de comparação entre países, permitindo o seu ranqueamento. No caso Brasileiro, de 2011 a 2020, o país perdeu oito posições, com redução considerável de seu PIB per capita, de acordo com dados divulgados pelo FMI. (https://valor.globo.com/brasil/noticia/2021/04/12/pib-per-capita-derrete-na-comparacao-global.ghtml)
Importante, entretanto, localizar adequadamente o período em que se deu tal redução e suas causas, em especial a crise fabricada pela política monetária do Banco Central, que pouca gente menciona. Ver o vídeo 12 da campanha É HORA DE VIRAR O JOGO.
A excessiva alta de juros pelo Banco Central (que chegou a 14,25% e permaneceu nesse patamar insano por mais de um ano) e o elevadíssimo volume das operações compromissadas (que atingiram R$ 1 trilhão no início de 2016 e seguiram aumentando), geraram escassez de moeda na economia, provocando a elevação dos juros de mercado, a quebradeira de inúmeras empresas, desemprego recorde, além do rombo aos cofres públicos, de onde sai o dinheiro para a remuneração diária da sobra de caixa dos bancos. Com isso, teve-se uma profunda escassez de crédito, impedindo a economia de girar, conjunto de práticas que são mantidas até os dias atuais.
Mesmo com a queda da Selic, a remuneração da sobra de caixa dos bancos continua gerando escassez de moeda, pois, em plena pandemia, o estoque de operações compromissadas bateu o recorde de 1,7 trilhão em alguns dias de setembro/2020. Em última instância, o problema apenas encontrará soluções se atacadas as suas verdadeiras causas. Estando estas localizadas no Banco Central e na sua política monetária, serão inócuas – e inclusive perversas – as medidas de austeridade fiscal e os privilégios ao Sistema da Dívida para o resgate da economia neste momento tão sensível para a sociedade.