Brasil tem nova queda em ranking de desenvolvimento da ONU

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Pelo segundo ano consecutivo, o Brasil caiu no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado neste mês de setembro, passando a ocupar a 87ª posição do ranking mundial em 2021. Em 2019 ocupávamos a 84ª posição e em 2020, a 86ª. Mais de 90% dos países recuaram em 2020 ou 2021 e mais de 40% caíram nos últimos dois anos, acompanhando a crise sanitária que atingiu o mundo. Esta é, no entanto, a primeira vez, nos 32 anos de relatório, que o Brasil registra quedas em dois anos consecutivos.
 
O IDH leva em conta a saúde, educação e o padrão de vida de uma nação e quanto mais perto de 1, melhor a situação. O país melhor colocado hoje é a Suíça, com 0,962, com Noruega (0,961), Islândia (0,959), Hong Kong (0,952) e Austrália (0,951) na sequência, com a média global em 0,732. O Brasil caiu de 0,758 para 0,754. O maior responsável pela queda brasileira foi a área da saúde, tendo destaque negativo também os indicadores de desigualdade de renda e gênero, com a expectativa de vida das mulheres 6,4 anos menor que a dos homens.
 
Esse é o resultado do modelo econômico que privilegia o rentismo, como denunciamos na nossa “É Hora De Virar o Jogo”. “Essa grave escassez não é um acaso, é fabricada pelos eixos que sustentam o modelo econômico que atua no Brasil: Sistema da Dívida; política monetária suicida praticada pelo Banco Central; modelo tributário regressivo, exploração mineral e grande agronegócio predatórios”, afirma Maria Lucia Fattorelli, coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida.