Integrantes da Auditoria Cidadã parabenizam CNBB pela escolha do tema da Campanha da Fraternidade 2019

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Em visita ao Conselho Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), integrantes da Auditoria Cidadã da Dívida foram recebidos pelo secretário geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, e parabenizaram a entidade pela escolha do tema “Fraternidade e Políticas Públicas” para a Campanha da Fraternidade 2019.

Para a igreja, que tem um histórico de defesa dos direitos dos pobres e da justiça social, a escolha do tema é bastante oportuno, tendo em vista que a proposta de reforma da previdência, apresentada pelo atual governo, interfere fortemente nas políticas públicas existentes no país.

Por isso, a coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lucia Fattorelli colocou a ACD à disposição para contribuir com dados que mostram a relevância dos benefícios da Seguridade Social para as pessoas e para toda a economia.
Segundo Fattorelli, a Previdência Social é hoje a principal política pública de distribuição de renda, atingindo atualmente cerca de 100 milhões de pessoas.

“Há recursos em abundância no caixa do Tesouro Nacional (mais de R$1 trilhão e 200 bilhões ), portanto, a Previdência, integrada à Seguridade Social junto com as áreas da Saúde e Assistência, representam o mais importante patrimônio social do povo brasileiro e só deve ser reformada para aumentar o valor dos benefícios dos mais pobres, e aumentar o seu alcance, incluindo pessoas que ainda não estão protegidas por esse sistema”, ressaltou.

Ela acrescentou ainda que a introdução do regime de capitalização não deveria sequer ser chamado de previdência, já que se trata de uma aplicação de alto risco e elevado custo, sem garantia alguma de benefícios futuros. “Todos os cortes de direitos embutidos na PEC 6 visam reduzir os gastos com a Seguridade Social para que sobrem cada vez mais recursos para os gastos financeiros com o pagamento da dívida pública”, lembrou.

Estiveram presentes no encontro, além da coordenadora da Auditoria Cidadã, Maria Lucia Fattorelli, a economista e membro do Cofecon, Mônica Beraldo, a também economista, membro do Corecon e do núcleo Distrito Federal da Auditoria Cidadã, Cristina Araújo, o representante da CBJP, Antônio Antunes e o secretário geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner.