Com leilão de lance único, privatizações seguem a todo vapor e Congonhas é privatizado
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) realizou hoje o leilão de Congonhas e mais 14 aeroportos, nesta que é a sétima rodada do programa de concessões aeroportuárias. Apenas a empresa espanhola Aena fez proposta e arrematou o bloco pelo lance de R$ 2,45 bilhões. De acordo com notícia do Poder360, são previstos cerca de R$ 5,9 bilhões de investimentos em 30 anos de concessão. Localizado na zona sul da cidade de São Paulo, o aeroporto é tratado como a “joia da coroa” da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), por ser o de maior trânsito de executivos do país.(Saiba mais em https://bit.ly/3QPrMO9)
O SINA (Sindicato Nacional dos Aeroportuários) se declarou contra a privatização de Congonhas e organizou manifestação no aeroporto, no dia 8/8, semana passada. Em informe disponibilizado em seu site, destacam a ausência de estudos de impactos ambientais e a grande preocupação com possíveis acidentes e incidentes aéreos devido ao alto fluxo de voos. O texto destaca que a concessão aumentará em 36% o trânsito no aeroporto, podendo chegar a 50%, o que acarretará no aumento de riscos nas operações, ruídos, emissão de gases e impactos no entorno.
Para a coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lucia Fattorelli, o leilão dos aeroportos é mais um capítulo da entrega de patrimônio realizada pelo atual governo, que recentemente entregou o controle da Eletrobras e discute abertamente fazer o mesmo com a Petrobras. “Enquanto não se enfrenta o Sistema da Dívida, a rifa do nosso patrimônio público por esse governo entreguista avança rapidamente! Hoje é a rifa de mais aeroportos, inclusive o de Congonhas em São Paulo. Não podemos esperar até perdemos toda a estrutura do Estado! “, afirmou, reforçando a importância de valorização do patrimônio e do servidor público.