ACD acertou de novo: alerta ignorado sobre o Banco Master pode custar R$ Milhões para trabalhadores e aposentados

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A prisão de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, e a liquidação do conglomerado financeiro pelo Banco Central confirmam um alerta feito há tempos pela Auditoria Cidadã da Dívida (ACD), reforçado em artigo publicado recentemente pelo Monitor Mercantil. Intitulado “A crise do Banco Master e sua repercussão sobre os regimes próprios de previdência”, José Menezes Gomes, Maria Lucia Fattorelli e Rodrigo Ávila alertaram que a promessa de rendimentos elevados escondia riscos imensos para os trabalhadores e aposentados.

No artigo, Fattorelli, Menezes e Ávila explicaram que a saúde das aposentadorias não pode depender do “humor do mercado”, especialmente em contextos de instabilidade global e operações suspeitas como a que envolvia o Banco Master. Agora, com o banqueiro preso — acusado de um esquema de até R$ 12 bilhões — e o banco sob administração especial temporária, o risco se concretizou.

📉 Antes disso, a ACD denunciou a tentativa de compra do Master pelo BRB, operação que poderia transferir o “lado podre” do banco para uma instituição pública. Foi preciso pressão da sociedade civil, do Ministério Público e de parlamentares para barrar esse absurdo.

O desfecho do caso Master evidencia, mais uma vez, que a Auditoria Cidadã da Dívida estava certa. Ao contrário de quem apostava no silêncio, a ACD levantou o debate e protegeu o interesse público — enquanto outros tentavam empurrar a conta para servidores, aposentados e a sociedade.

Em sua conta no Instagram, o deputado federal Gláuber Braga questiona sobre um efeito prático da bomba que o caso do Banco Master pode se tornar. Ele lembrou que o Rioprevidência investiu R$ 1 bilhão no Banco Master, ignorando alertas do TCE. “Quem vai responder por essa irresponsabilidade?”, questionou.