ACD e ASCEMA lançam informativo sobre impactos do Sistema da Dívida no Meio Ambiente

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A Auditoria Cidadã da Dívida (ACD) e a ASCEMA Nacional se uniram para promover uma série de ações conjuntas durante a COP 30 e a Cúpula dos Povos, que acontecem em Belém (PA). A iniciativa busca chamar atenção para a contradição entre os discursos oficiais sobre sustentabilidade e a realidade orçamentária do país, marcada pela escassez de recursos para a área socioambiental, enquanto quase R$ 2 trilhões foram destinados para o Sistema da Dívida em 2024.

Entre as ações, estão a mobilização em eventos como a Marcha Global por Justiça Social e a realização de uma live especial — “COP 30: falta dinheiro para o Meio Ambiente, enquanto sobra para Bancos e rentistas” —, transmitida na última terça-feira. Durante os atos da COP, o núcleo da ACD e membros da Asibama-Pará também farão a distribuição do informativo “Na contramão da COP 30, Brasil segue desmontando Gestão Socioambiental”.

O material mostra, com base em dados oficiais, que 42,96% do orçamento federal executado em 2024 — quase R$ 2 trilhões — foram destinados ao pagamento de juros e amortizações da dívida pública, enquanto apenas 0,3% (R$ 14,2 bilhões) foram aplicados na gestão socioambiental. O resultado é um sistema ambiental precarizado, com falta de servidores, recursos e estrutura, o que favorece a exploração desenfreada de territórios e o avanço de projetos como a exploração de petróleo na Margem Equatorial, que ameaça ecossistemas marinhos e agrava a crise climática.

A versão online do informativo pode ser baixada aqui ou a seguir.