Água é um direito universal e o acesso a ela não pode ser privatizado

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A Câmara de Vereadores de São Paulo aprovou a privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) em sessão realizada na noite desta quinta-feira (2). O placar foi de 37 pela privatização e 17 contrários.
Conforme reportou o Brasil de Fato, a sessão foi marcada por manifestações, debates acalorados e pelo impedimento de que parte da população entrasse no plenário. Pela manhã, houve a última audiência pública sobre o assunto, porém dos mais de 400 munícipes contrários ao projeto que compareceram, apenas cerca de 40 foram autorizados a entrar.
Vereadores da oposição tentaram adiar a votação com base na decisão da juíza Celina Kiyomi Toyoshima, da 4ª Vara de Fazenda Pública, de que a privatização apenas poderia ser votada após a realização de audiências públicas e apresentação de laudo de impacto orçamentário.
Devemos ressaltar que a privatização do saneamento básico não deu certo em lugar nenhum! Conforme aponta um estudo do Instituto Transnacional (TNI), centro de pesquisas com sede na Holanda, de 2000 a 2019, 312 cidades em 36 países reestatizaram seus serviços de tratamento de água e esgoto. Entre elas, Paris (França), Berlim (Alemanha), Buenos Aires (Argentina) e La Paz (Bolívia).
O acesso à água é um direito universal. E o povo tem direito ao saneamento básico. O Brasil precisa apoiar São Paulo na luta contra a privatização, pois pode ser um modelo a ser seguido posteriormente em todo território nacional.
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