Ata do COPOM diz que “juros devem continuar altos por período prolongado”

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Nesta semana foi divulgada a Ata da última reunião do COPOM (Comitê de Política Monetária, formado pela Diretoria do Banco Central, em sua maioria já indicada pelo atual governo Lula), que aumentou a taxa básica de juros (“Selic”) para 14,75% ao ano.

Com a nova alta, o Brasil chega a uma taxa de juros básica real (descontada a inflação dos últimos 12 meses) de 8,74% ao ano, a maior do mundo, com exceção da Rússia (em guerra). Enquanto isso, a taxa real anual nos Estados Unidos é de 2,15%, na Zona do Euro é de 0,2%, e no Japão é de -2,99 (NEGATIVOS). Acesse aqui!

Segundo a Ata, “O cenário segue sendo marcado por expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho. Tal cenário prescreve uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período prolongado para assegurar a convergência da inflação à meta.” Ou seja, os juros devem continuar altos, podendo até aumentar ainda mais.

E as justificativas para isso continuam as mesmas: “expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas” (ou seja, expectativas de inflação feitas pelos próprios rentistas da dívida pública dizem que a inflação estaria fora de controle), “resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho” (informação esta já questionada em artigo anterior). Tudo isso para tentar dizer que a inflação seria resultante de uma suposta demanda aquecida que deveria ser combatida por uma alta de juros, o que também já foi refutado em outro artigo da semana passada (aqui)

É preciso questionar as decisões do Banco Central sobre a taxa de juros, o fator mais importante de crescimento desta chamada dívida pública em grande parte ilegítima, e que não tem servido para financiar investimentos sociais.

#auditoriaja