BANCO CENTRAL CONTINUA “REDUZINDO” A TAXA SELIC A CONTA GOTAS

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BANCO CENTRAL CONTINUA “REDUZINDO” A TAXA SELIC A CONTA GOTAS
Desta vez, BC reduziu a taxa em apenas 0,25%

Mesmo que o Brasil ainda pratique taxas básicas reais de juros (descontada a inflação) equivalentes ao triplo das taxas de países desenvolvidos (como Estados Unidos e Zona do Euro), os jornais de hoje defendem a posição de 5 dos 9 membros do Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central (BC) de reduzir em apenas 0,25% a “Taxa Selic”.

Os 4 integrantes do COPOM indicados pelo Presidente Lula, que assinaram embaixo das decisões anteriores do Presidente do BC (Campos Neto), votaram pela continuidade da queda em 0,5% por reunião, o que, no entanto, não alteraria significativamente a situação, dado que ainda assim o Brasil teria uma taxa básica real de juros de 6,07% ao ano, ainda equivalente a mais que o triplo da taxa real estadunidense (1,93%) e quase o triplo da Zona do Euro (2,05%). Enquanto isso, o Japão continua praticando taxa real NEGATIVA de -2,53% ao ano. (Fonte). Com estas altas taxas de juros, a dívida pública serve para financiar apenas o pagamento dos próprios juros e amortizações da própria dívida (e não os investimentos sociais), enquanto o financiamento de investimentos produtivos fica prejudicado, provocando perdas também ao emprego e renda das pessoas.

Ainda assim, o “mercado” (ou seja, os rentistas da dívida pública), como sempre, a qualquer sinal – mesmo insignificante – de que a política de juros poderia supostamente se alterar, imediatamente utiliza intensamente seus instrumentos de chantagem, como aumentar os chamados “juros futuros” (ou seja, os juros exigidos para comprar títulos da dívida pública), alegando que haveria um grave risco de que a definição das taxas, posteriormente à troca no comando do BC, seria “politizada”. (Fonte). Manter as taxas em níveis três vezes superiores ao de países desenvolvidos é uma decisão totalmente política, em favor dos rentistas, alegando falsamente que isso seria necessário para combater a inflação.

Agora este falso argumento se apoia em mais uma falácia oportunista irresponsável, a de que a taxa não poderia ser reduzida sequer em mais 0,25% na próxima reunião do COPOM, devido à enchente no Sul, que encareceria o preço de alimentos (Fonte), como se a taxa de juros pudesse impedir tais altas, se é que elas ocorreriam de fato.

Enfim, é preciso mostrar para a população todo o ENGODO de todas estas análises constantes nos grande meios de imprensa, o que certamente seria colocado em evidência com uma ampla AUDITORIA da dívida pública com participação da sociedade, que questione tais taxas de juros e outros mecanismos ilegítimos do Banco Central.

#auditoriaja