Brasil 247: Campos Neto no Nubank é o mais escandaloso caso de porta giratória do Brasil
A Condsef/Fenadsef publicou uma reflexão necessária a partir de um artigo do Brasil 247 em suas redes sociais, que a Campanha Nacional por Direitos Sociais repercute:
Na última semana, o jornalista e editor-responsável pelo @brasil_247 , Leonardo Attuch, publicou importante artigo para entender o significado da nomeação de Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central, como vice-chairman e chefe global de políticas públicas do Nubank.
Para o jornalista, a passagem de Campos Neto do Banco Central para o Nubank é o mais escandaloso caso de porta giratória da história do Brasil. A prática da “porta giratória” acontece quando agentes públicos deixam cargos estratégicos e assumem posições de destaque em empresas que podem ter sido beneficiadas por suas decisões anteriores. “Essa transição, anunciada de forma offshore nas Ilhas Cayman, levanta sérias questões éticas e políticas, pois sugere uma possível conexão entre suas ações no Banco Central e os interesses do grupo privado que agora o emprega”, destaca Attuch.
O texto destaca ainda que Campos Neto apoiou propostas que enfraquecem o controle do Estado sobre o sistema financeiro, como a PEC 65, que visa enfraquecer os instrumentos de controle institucional sobre o sistema financeiro e pode atingir frontalmente o papel dos cartórios no país como instrumentos de fé pública. A iniciativa, destaca o texto, vem sendo amplamente criticada por especialistas e setores da sociedade civil justamente por reduzir a capacidade do Estado de supervisionar operações financeiras e resguardar a segurança jurídica.
Para Attuch resta saber se Galípolo representará uma inflexão real em relação ao legado de Campos Neto ou se seguirá o mesmo caminho de subordinação aos interesses do capital financeiro, que sempre abrem espaço para vantagens pessoais como o caso Nubank demonstra.
A relação entre Campos Neto e o Nubank apenas escancara um problema que já vem de muitos anos mas que, agora, chegou ao seu ponto mais escandaloso, conclui o jornalista.