Copasa: solução é auditoria da dívida e não vender patrimônio público, diz deputada

Durante a primeira reunião da comissão especial que analisa a PEC 24/2023 — apelidada de “PEC do Cala a Boca” — a deputada estadual Bella Gonçalves (PSOL-MG) fez duras críticas à pressa do governo Zema em aprovar a proposta que retira da Constituição Estadual a exigência de referendo popular para privatizar estatais como a Copasa e a Cemig. “A comissão foi instaurada sexta-feira e de repente já tem um parecer pronto. Coisa de capacho do Zema e dos que querem entregar Minas a todo custo. A custo de banana, na real, porque o valor que dizem não chega nem perto do que é digno”, denunciou.

Em tom firme, Bella afirmou que o governo mente ao justificar a privatização com base na dívida pública estadual. “Se quisessem resolver o problema da dívida, a primeira coisa a fazer seria a auditoria”, declarou. Para ela, o verdadeiro interesse por trás das privatizações é o da Faria Lima — o mercado financeiro — que busca transformar direitos em lucros.

A deputada reforçou que vender o patrimônio público não é solução, e sim um ataque ao futuro do povo mineiro. “Iremos resistir! A Copasa é do povo e água não é mercadoria!”, afirmou.

Enquanto isso, trabalhadores seguem se mobilizando contra a entrega de uma das empresas mais lucrativas e estratégicas do estado. A fala de Bella Gonçalves ecoa entre os que defendem a soberania sobre a água e o direito à gestão pública dos serviços essenciais.

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Foto da Capa: @brasildefato