Direção do IBGE quer expulsar sindicato dos trabalhadores de dentro do órgão

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A Direção do IBGE, comandada pelo presidente Márcio Pochmann, indicado pelo Presidente Lula, mais uma vez ataca a organização sindical do IBGE-ASSIBGE.

Em 16 de dezembro, a ASSIBGE teve acesso a um despacho do procurador Carlos Alberto Pires de Carvalho Albuquerque Junior, no qual ele questionava quanto o Núcleo Chile da ASSIBGE pagava pelo aluguel do espaço que ocupa no prédio da Avenida Chile, 500. A situação causou grande espanto, pois a imensa maioria dos núcleos sindicais tem sede dentro das próprias unidades do IBGE em todo o Brasil. Em todas as gestões passadas, nunca houve questionamento sobre esse fato. Isso demonstra que as antigas direções, apesar dos conflitos naturais do percurso, reconheciam a representação sindical dentro do IBGE como uma forma legítima de democracia na Instituição.

Vale destacar que os servidores do Núcleo Chile vêm se mobilizando ativamente e já realizaram diversas manifestações, paralisações e uma greve de 25 a 29 de novembro, em oposição às ações da atual direção do IBGE.

Sem argumentos para contrapor as críticas do Núcleo Sindical Chile e da ASSIBGE Sindicato Nacional, que questionam suas propostas de criação da fundação pública de direito privado – Fundação IBGE+, o despropósito do contrato de comodato para ocupar apenas 52,6% da área do SERPRO no Horto (61% menor que a área atualmente ocupada na Avenida Chile, 500), e os prejuízos impostos aos servidores com um aumento médio de uma hora no tempo de deslocamento diário, a Direção do IBGE adota uma clara postura de retaliação.

Agora, busca cobrar aluguel retroativo de cinco anos do espaço utilizado pelo Sindicato, ignorando que essa prática é uma tradição histórica da Casa, que ocorreu até mesmo durante a ditadura militar em todo o território nacional.

Diante desse cenário, a tentativa de expulsar a ASSIBGE do espaço físico do IBGE evidencia o enfraquecimento do diálogo democrático e o desrespeito à organização legítima dos trabalhadores.