Em vez do pacote que corta recursos do povo, é preciso dar fim à Bolsa-Banqueiro

Em sua premiação com o Prêmio Transparência e Fiscalização Pública 2024, Maria Lucia Fattorelli, coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, trouxe à tona uma denúncia alarmante: o verdadeiro rombo nos recursos públicos está no sistema da dívida e em seus mecanismos como a chamada bolsa-banqueiro, não nos benefícios sociais.

O que é a bolsa-banqueiro?

Cerca de R$ 2 trilhões em títulos da dívida pública são doados pelo Tesouro Nacional ao Banco Central, que os utiliza para remunerar diariamente a sobra de caixa dos bancos. Esse dinheiro, que deveria ser investido na sociedade a juros baixos, fica esterilizado no Banco Central, gerando lucros diários para bancos sem qualquer justificativa.

O impacto da Selic

A cada 1% de aumento na taxa Selic, são adicionados R$ 55 bilhões em gastos anuais com juros — valor muito maior do que o pacote de cortes que atinge salário mínimo, benefícios sociais e investimentos em áreas essenciais como educação.
Fattorelli deixou um recado claro: é hora de substituir o pacote de cortes pela revisão da bolsa-banqueiro e enfrentar o sistema da dívida, que consome nossos recursos sem retorno para a sociedade.
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