Extra Classe: O déficit está no Banco Central e não nos gastos sociais, por Maria Lucia Fattorelli
A retórica da escassez quer convencer a população sobre a necessidade de aprovar mais medidas de interesse do mercado, como cortes de gastos sociais, contrarreformas e privatizações
O ano de 2021 começou com um tiroteio de notícias alarmantes sobre “déficit”, quebra do país e crescimento brutal da dívida pública. O objetivo desse arsenal “da escassez”, que distorce o que de fato está produzindo escassez em nosso rico país, é convencer a população sobre a necessidade de aprovar mais medidas de interesse do mercado, como cortes de gastos sociais, contrarreformas e privatizações.
Neste breve artigo, mostro algumas das flagrantes distorções existentes em tais notícias e aponto que o “déficit” está no Banco Central, e não nos gastos sociais, indicando que a reforma urgente que precisamos é a reformulação da política monetária suicida que vem sendo praticada pelo Banco Central.