Falta dinheiro para educação, porque sobra para o Sistema da Dívida

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A famosa personagem Mafalda (das histórias em quadrinhos) já dizia: “Viver sem ler é perigoso. Te obriga a crer no que dizem”. Infelizmente, a falha do Estado ao cumprir sua obrigação de garantir o direito à educação pública de qualidade, supostamente por falta de recursos, além de prejudicar o futuro de muitas crianças, pode ainda interferir na criação de uma sociedade mais crítica e bem informada.

De acordo com o levantamento feito pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), 5,6% da população do país com 15 anos ou mais não sabiam ler ou escrever em 2022. Isso representa 9,6 milhões de pessoas. (Fonte: IBGE)

Não investir em educação da forma como se deveria contribui para manter o país da forma que conhecemos hoje: direitos sociais esquecidos, população desassistida e mais dinheiro para o Sistema da Dívida.

Neste ano, conforme orçamento federal aprovado, a área da educação receberá apenas 3,0% dos recursos públicos. Esse percentual não é capaz de suprir as necessidades dos setores da educação, tais como a educação infantil, a educação em geral (compreendendo ensino fundamental, ensino médio, educação superior) e outras áreas.

A centralidade do Sistema da Dívida, que pode consumir 46% do orçamento federal em 2024, mais uma vez, está no centro do problema da falta de recursos para os direitos básicos. Educação é um direito de todos! É mais do que saber ler e escrever, é o desenvolvimento individual e coletivo, a formação de valores, descoberta de habilidades, uma porta para o conhecimento e progresso de uma sociedade. Não podemos deixar que o Sistema da Dívida continue a prejudicar nossa Educação e nenhum outro direito.

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