GOVERNO PREPARA PACOTE RELEVANTE DE CORTES DE GASTOS, DIZ JORNAL VALOR ECONÔMICO

Compartilhe:

Segundo o jornal Valor Econômico, o governo prepara um pacote de revisão de gastos para ser apresentado após as eleições. As medidas atenderiam à pressão dos “investidores”, em especial da Agência de Risco “Moody`s” (que representa o interesse dos rentistas da dívida pública) e segundo o jornal, incluiriam a “modernização das indexações de despesas, de forma a que seu crescimento seja compatível com o arcabouço fiscal”, além de um “pente fino” em benefícios previdenciários e assistenciais e a “reformatação” do abono e seguro-desemprego.

Conforme a Auditoria Cidadã da Dívida tem denunciado, integrantes do governo já têm levantado a hipótese de rebaixar os pisos da saúde e educação, além da desvinculação das aposentadorias do salário mínimo, para que a soma dos investimentos sociais fique dentro do teto do “arcabouço fiscal”, enquanto os gastos com a dívida pública permanecem sem limite algum.

A justificativa para tais medidas nefastas é sempre a mesma: a de que o governo federal estaria gastando demais nas áreas sociais, e que essa seria a causa da elevação da dívida pública e dos juros altos. Porém, conforme já colocado anteriormente, a dívida pública brasileira não tem financiado as áreas sociais, mas sim, SUGADO os recursos públicos para o pagamento de juros e amortizações da própria dívida. Prova disso é que em 2024, até 14 de outubro, R$ 329 bilhões (provenientes de fontes de recursos que nada têm a ver com a emissão de títulos da dívida) foram destinados para o pagamento de juros e amortizações da dívida, enquanto somente R$ 15 bilhões foram gastos nas áreas sociais com recursos provenientes da emissão de títulos da dívida.

Portanto, no final das contas, a dívida pública já SUGOU R$ 314 bilhões do orçamento federal, isso sem considerar os R$ 1,6 TRILHÃO que foram também destinados ao pagamento de juros e amortizações, provenientes da emissão de novos títulos da dívida, que também poderiam e deveriam ter ido para investimentos sociais, como fazem países desenvolvidos.

Muitos poderiam se perguntar como isso ocorre, se o dado constantemente propagandeado pela grande imprensa é de que o governo federal teria apresentado um “déficit primário” de R$ 102 bilhões de janeiro a agosto. Porém, a metodologia do “resultado primário” OMITE diversas receitas relevantes, como lucros do Banco Central, recebimentos de juros e amortizações de dívidas das quais o governo é credor (como as dívidas dos estados ou BNDES com a União), além da remuneração da Conta Única do Tesouro.

CHEGA DE DISTORCER OS DADOS PARA JUSTIFICAR MAIS CORTES DE DIREITOS!
AUDITORIA DA DÍVIDA JÁ! COM PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE!