Impunidade e dívida ecológica: Fiocruz encontra metais pesados em 100% das crianças de Brumadinho
Seis anos após a tragédia em Brumadinho, um estudo da Fiocruz Minas e da UFRJ revela a presença de metais pesados em 100% das amostras de crianças analisadas na cidade. A lama tóxica que matou 272 pessoas segue deixando marcas profundas na saúde da população e no meio ambiente.
Essa realidade, infelizmente, não é exceção. Como apontado pela coordenadora nacional da ACD, Maria Lucia Fattorelli, em 2015 e no vídeo da Campanha É hora de Virar o jogo (Aqui e aqui), a exploração mineral no Brasil é conduzida de forma predatória e gananciosa, buscando lucros exorbitantes enquanto mutila o meio ambiente e impõe sofrimento à população. O rompimento das barragens em Mariana e Brumadinho não foram “acidentes”. São resultados de negligência criminosa, fruto de uma economia que prioriza lucros sobre vidas.
Enquanto as mineradoras desfrutam de isenções fiscais e exploram recursos naturais sem custos significativos, comunidades inteiras enfrentam doenças, perda de meios de subsistência e devastação ambiental. Além disso, a Constituição, que garante o direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, é ignorada, e os responsáveis permanecem impunes.
O Brasil detém 98% das reservas mundiais de nióbio, mas o que isso gera para o país? Contaminação, doenças e uma “dívida ecológica” imensurável. Da mesma forma, o ouro e outros minerais são explorados às custas da destruição ambiental e social.
Precisamos romper com o ciclo de destruição e impunidade. É urgente responsabilizar quem lucra com o caos e exigir políticas que coloquem a vida e o meio ambiente acima do capital. Fortaleça a Campanha Nacional por Direitos Sociais, participe!
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