INSS: quando a crise é usada para vender a privatização
Mais uma vez, presenciamos uma tentativa de criminalizar o que é público para vender soluções privadas como se fossem milagres. O vídeo recente do Deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança, ligado à produtora Brasil Paralelo — amplamente questionada por sua atuação ideológica —, é apenas mais um capítulo da velha estratégia: atacar o INSS para justificar sua destruição.
A denúncia de fraudes no desconto automático de aposentados deve, sim, ser investigada. Mas é má fé usar esse fato para atacar o próprio modelo público de Previdência. O que está em jogo não é apenas a gestão, mas a tentativa de desmontar um direito social.
Historicamente, sempre que se quer privatizar um serviço público essencial, o primeiro passo é deturpar sua imagem. Foi assim com os Correios, com a Eletrobrás, com a saúde pública… Agora, o alvo é o INSS.
A Previdência Social brasileira é solidária. O dinheiro que você contribui hoje paga a aposentadoria de quem já trabalhou a vida toda. Promover a capitalização individual, que já se mostrou desastrosa em países como o Chile, seria terrível.
Capitalização individual significa jogar cada trabalhador à própria sorte, transformando um direito em investimento — sujeito a perdas, instabilidade e até ao calote de bancos. Significa excluir os mais pobres, os informais, os intermitentes. É o fim da aposentadoria como direito.
Precisamos fortalecer o INSS, não destruí-lo. A Previdência é um pilar do Estado Social. Quem propõe sua extinção não está propondo “alternativas”: está vendendo o futuro do povo brasileiro ao mercado financeiro.
Defenda a Previdência Pública. Junte-se à Campanha Nacional por Direitos Sociais.

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