O Mercado e suas desculpas para manter os juros altos
Começamos a semana com a notícia, publicada pelo Correio Braziliense, de que “a piora nas estimativas de inflação faz com que analistas de mercado revisem suas projeções para um patamar mais elevado dos juros”.
Um dos analistas diz que “se a economia continuar forte como no primeiro trimestre e o custo de vida ficar em torno de 4% e 4,5%, o Banco Central deverá manter a Selic em 10,50% até 2025”.
Outro analista tenta justificar dizendo que, “mesmo com um IPCA favorável que deverá ser divulgado nesta semana, a tendência será de manter a Selic onde está”, justificando que o problema é a desancoragem das expectativas, não a inflação corrente.
O jornal ainda conseguiu ouvir uma rara opinião contrária, a do consultor André Perfeito, ex-economista-chefe da Necton Investimentos, que acredita que o mercado poderá errar novamente ao apostar em juros cada vez mais altos no Brasil.
A história é sempre a mesma: se a economia está em recessão, o mercado diz que é preciso frear o corte de juros. Se está aquecida, adivinha, diz que é preciso frear o corte de juros. Se há desemprego, a solução? Manter juros altos. Se o desemprego cai, o que eles recomendam? Segurem o corte de juros. Não adianta, para os agentes do mercado, tudo é justificativa para que se mantenham as taxas de juros mais elevadas do planeta. Claro, quem ganha com essa política econômica praticada no Brasil? O povo é que não é.
Por tudo isso, é urgente ter limite de juros em lei, pois o país não pode se submeter eternamente aos interesses dos insaciáveis especuladores. LINK da campanha
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