Polícia do MS mata indígena para proteger fazenda de família de assessora do governo do estado
Na manhã desta quarta-feira (18), a Polícia Militar de Mato Grosso do Sul assassinou o indígena Nery da Silva, de 23 anos de idade. Ele fazia parte de uma retomada na Terra Indígena Nhanderu Marangatu, no município de Antônio João. A ocupação acontece na Fazenda Barra, que é da família da Assessora Especial da Casa Civil do MS, Luana Ruiz. Ela é a advogada da ação que levou a PM à Fazenda. Luana foi também secretária-adjunta da Secretaria Especial de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura do Governo Bolsonaro, atuando diretamente na pasta responsável por novas delimitações de áreas para populações indígenas.
A execução brutal de Nery da Silva é mais um capítulo vergonhoso na história de violência contra os povos originários do Brasil. Essa invasão de interesses poderosos sobre terras indígenas é inaceitável!
Essa ação policial é o reflexo da ausência de uma política eficaz de demarcação de terras. A cada adiamento, a vida de indígenas é colocada em risco, e a cultura de povos milenares é dizimada. Demarcar terras indígenas é uma obrigação moral e constitucional. Negar isso é compactuar com a violência e o genocídio que se perpetuam há séculos. Quantos mais precisarão morrer?
A Campanha Nacional por Direitos Sociais apoia a luta dos indígenas e reforça a necessidade de demarcar terras para proteção da cultura, dos valores e da integridade física dos povos originários. Conheça e participe! Acesse o link na Bio do Instagram ou a página: https://auditoriacidada.org.br/campanha-nacional-por-direitos-sociais/.
Entre em contato com a Coordenação ([email protected]) e faça parte desta Campanha.
Repost de @marco.temporalnao e @paragrafo2
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