Queda nos juros do cartão ainda está muito longe do que o consumidor brasileiro precisa e deseja

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Taxa média de 412,5% ao ano ainda está acima do observado ao final de 2022 e muito acima do limite de 100% estabelecido recentemente. Por que isso acontece?

A Agência Brasil divulgou a queda da taxa média dos juros do cartão de crédito rotativo pelo segundo mês seguido, passando de 419,3% ao ano, em janeiro, para 412,5% ao ano em fevereiro deste ano. A queda é de 6,8 pontos percentuais no mês e de 7,9 pontos percentuais em 12 meses, porém, ainda se encontra acima das taxas observadas no final do ano de 2022. Os dados estão nas Estatísticas Monetárias e de Crédito divulgadas no início do mês pelo Banco Central (BC) (Confira aqui na íntegra).

Apesar do limite de juros de 100% para o cartão de crédito rotativo, estabelecido no início do ano de 2024, os bancos continuam cobrando taxas anuais muito maiores, de forma que em poucos meses a taxa já acumula o limite de 100%, quando tais dívidas já costumavam ser renegociadas e migradas para outras modalidades de crédito.

Portanto, a queda observada em fevereiro é quase nada, se levarmos em conta o que anseia a Auditoria Cidadã da Dívida (ACD), apoiada por amplos setores da sociedade brasileira. Ainda é necessário evoluir muito mais no sentido de reduzir a taxa de juros para quaisquer operações de financiamento (e não somente no “rotativo”) a 12% ao ano ou o dobro da Selic, o que for menor, conforme proposto pelo Projeto de Lei Complementar (PLP) 104/22, e frequentemente divulgado através da campanha pelo Limite dos Juros no Brasil, capitaneado pela ACD.

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