Questionamentos Sobre a Reforma Administrativa (PEC 32/2020) – Questões 8 e 9

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Culpar os servidores públicos pela ausência de recursos para investimentos a partir de 2015 é uma mentira deslavada. Os servidores públicos estão submetidos ao teto de gastos e não têm conseguido sequer a reposição inflacionária de seus vencimentos.

Não há como esquecer que o PIB despencou cerca de 7% em apenas 2 anos (2015-2016), milhões de empresas fecharam e, como sempre, a conta da crise foi debitada na classe trabalhadora. Além de perder empregos e sofrer reduções salariais, os trabalhadores perderam inúmeros direitos com as contrarreformas Trabalhista e da Previdência. Agora, correm risco de perder ainda mais com a chamada Reforma Administrativa – PEC 32.

A análise dos dados oficiais do governo prova claramente que a “crise” que assola a economia brasileira desde 2014 foi fabricada pela política monetária do Banco Central. De 2013 a 2015 o BC multiplicou a taxa básica de juros Selic de 7% para 14,25%, mantendo-a nesse patamar por mais de um ano. Ao mesmo tempo, o Banco Central aumentou o volume dos “depósitos voluntários” feitos pelos bancos junto ao BC, remunerando, com dinheiro dos cofres públicos, R$ 1 Trilhão da sobra de caixa dos bancos nessa taxa absurda!

Isto gerou escassez de moeda na economia, provocando elevação das taxas de juros de mercado para mais de 200% ao ano, levando à falência de empresas, ao desemprego de milhões de trabalhadores e à queda do PIB.

O mais grave é que, em vez de interromper a principal operação responsável pela fabricação da crise, que é a remuneração diária da sobra de caixa dos bancos, o Projeto de Lei – PL 3.877/2020 quer “legalizá-la” e deixá-la sem limite ou parâmetro algum, à vontade dos bancos! Por isso, o referido PL, juntamente com o PLP 19/2019 (independência do BC), foi alvo de Interpelação Judicial movida pela Auditoria Cidadã da Dívida e entregue, via Cartório de Títulos e Documentos, aos líderes partidários na Câmara dos Deputados.

Estes são alguns questionamentos feitos na Carta Aberta aos poderes executivo e legislativo, assinada pela Auditoria Cidadã da Dívida, juntamente com mais de 80 entidades. A Carta solicita ao Poder Executivo que retire a PEC 32/2020 da pauta de votação. Caso a solicitação não seja atendida, pede que os parlamentares a rejeitem.
Compartilhe a mensagem e envie a Carta Aberta aos representantes dos poderes executivo e legislativo! Juntos somos mais fortes!

Envie mensagens aos nossos representantes, cobrando a rejeição da PEC 32!

Acesse AQUI a carta e os links com os e-mails das autoridades