Riqueza de bilionários vem de herança, monopólio e corrupção, segundo Oxfam
O relatório da organização não governamental internacional Oxfam com balanço do ano de 2024 sobre concentração de renda e desigualdade social apresenta a contabilização de 204 novos bilionários no mundo, além do ritmo de enriquecimento dos super-ricos ter aumentado três vezes em relação a 2023.
Lançado na última segunda-feira (20), de acordo com os dados o documento afirma ainda que ninguém fica bilionário devido ao próprio esforço e muito trabalho. Parte dessa riqueza é fruto de herança, favoritismo, monopólio de poder ou corrupção.
O relatório “As custas de quem? – A origem da riqueza e a construção da injustiça no colonialismo” salienta que “Trilhões estão sendo doados como herança, criando uma nova oligarquia aristocrática que tem imenso poder em nossa política e em nossa economia”, o que perpetua um sistema continuamente injusto.
Esse grupo formado por 204 pessoas, segundo a Oxfam, obteve lucro de US$ 2 trilhões (cerca de R$ 12 trilhões) no ano passado. Ou seja, uma média de lucro de US$ 5,7 bilhões (ou R$ 34 bilhões) por dia, mas que 60% dessa riqueza não é merecida, mas sim tomada.
A organização aponta que em 2024, o número de bilionários subiu para 2.769, contra 2.565 em 2023. “Suas riquezas combinadas aumentaram de US$ 13 trilhões para US$ 15 trilhões em apenas 12 meses. Este é o segundo maior aumento anual na riqueza dos bilionários desde o início dos registros. A riqueza dos dez homens mais ricos do mundo cresceu em média quase US$ 100 milhões por dia — mesmo que perdessem 99% de sua riqueza da noite para o dia, ainda permaneceriam bilionários”, afirma.
Via @cspconlutas