Correio: “Insegurança Alimentar afeta 1/3 da população brasileira”

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Hoje, 13/7/2023, o jornal Correio Braziliense trouxe notícia mostrando que 21,1 milhões de brasileiros passam fome, conforme apontam dados da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), em seu relatório “O estado da segurança alimentar e nutricional no Mundo”, que traz dados de 2022. Se considerarmos também os casos de insegurança alimentar moderada, em que há algum tipo de escassez de comida, chega-se a 70,3 milhões de brasileiros, ou seja, mais de um terço de toda a população.

Ao mesmo tempo, o Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do planeta. Qual a razão deste inaceitável paradoxo? Historicamente, o modelo econômico colonial brasileiro privilegiou os grandes latifúndios de exportação de produtos básicos (de baixo valor agregado) para países desenvolvidos, sob a justificativa de obtermos dólares para o pagamento da chamada “dívida externa”. Nas últimas décadas, essa dívida foi reciclada e hoje existe em grande parte na forma de “dívida interna”, mas cujos juros podem ser convertidos em moeda estrangeira e remetidos também livremente para o exterior.

A priorização do pagamento de juros e amortizações dessa chamada ”dívida pública” (que consomem cerca da metade de todo o orçamento federal) também prejudica as políticas de segurança alimentar, como por exemplo os investimentos em reforma agrária, assistência técnica para a agricultura familiar (produtora de alimentos para o mercado interno) e formação de estoques reguladores.

Conforme afirmou Maria Lucia Fattorelli, Coordenadora da Auditoria Cidadã da Dívida, “FOME no Brasil, país da abundância de produção de grãos e proteína, é motivo de VERGONHA para todos os governantes, de todas as esferas (federal, estadual distrital e municipal), atuais e anteriores! Será que não têm competência para enfrentar a subsistência mínima da população?”

AUDITORIA DA DÍVIDA JÁ! COM PARTICIPAÇÃO DA SOCIEDADE.