Erro do BC independente revela fluxo de câmbio negativo

Compartilhe:

Se a condução da política monetária do país, com sucessivas elevações da taxa básica de juros (Selic) sob falsa justificativa de combater inflação, já era suficiente para questionarmos a atuação do Banco Central, a notícia de que houve um erro que supera 1 bilhão de dólares ao mês nas estatísticas do mercado de câmbio liga um sinal de alerta ainda maior para reforçar essa questão.

Nesta quinta-feira (26), o Chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, veio a público “pedir desculpas”, pois a instituição deixou de identificar, mensalmente, fluxo de cerca de US$ 1 bilhão ao mês. O erro faz com que o fluxo cambial do último ano de Bolsonaro e Guedes à frente do governo passe de US$ 9,6 bilhões positivos para US$ 3,2 bilhões negativos.

Todos sabemos como o mercado reage a informações como essa e a importância que elas possuem na aprovação de um governo, ainda mais durante um período de eleições. Antes da correção, o jornal Valor Econômico, por exemplo, noticiou o marco com a manchete “Brasil atinge o maior fluxo cambial em uma década em 2022”.

Além disso, fotografia do jornal Folha de São Paulo, no dia 11 de janeiro, flagrou conversa de Whatsapp do Senador Ciro Nogueira (PP-PI) em um grupo chamado “Ministros Bolsonaro”, onde havia a participação do presidente do BC, Roberto Campos Neto.

Essa notícia, aliada à política suicida praticada pelo Banco Central desde a crise fabricada de 2014, reforça ainda mais a necessidade de realização de uma CPI para investigar a conduta do Banco Central (BC)! #CPIdo BancoCentralJá