Frentes Parlamentares denunciam que “dinheiro tem, e muito”

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No início da reunião das Frentes Parlamentares “pelo Limite dos Juros e Auditoria da Dívida com participação popular” e “contra os Juros Abusivos”, na manhã de hoje (12/12), a coordenadora nacional da ACD, Maria Lucia Fattorelli, apresentou um material inédito, elaborado especialmente para contribuir com a luta que todo o serviço público federal vem enfrentando (Baixe aqui).

“É urgente enfrentar o privilégio do Sistema da Dívida! Não podemos esperar o agravamento da situação, como ocorre na Argentina, que hoje anuncia a eliminação de ministérios e demissão de funcionários públicos para economizar recursos que se destinarão ao Sistema da Dívida”, afirmou Fattorelli, reconhecendo a importância das mobilizações traçadas pelo conjunto de servidores públicos no Brasil.

Na sequência, a coordenadora da Frente Parlamentar pelo Limite dos Juros e Auditoria da Dívida com participação popular, deputada Fernanda Melchionna (PSOL-RS), que honrou a ACD e demais entidades com sua participação presencial durante quase toda a reunião, criticou a política econômica neoliberal que ainda persiste no Brasil, mesmo sendo ela da base aliada do atual governo brasileiro. “Nós elegemos o Lula para lutar”, disse ela, lembrando que é preciso enfrentar a agenda privatista que chamou de “fábrica de produção de lucro” do sistema financeiro. Convocou as entidades presentes para comparecer à reunião da Comissão Mista de Orçamento que analisará a proposta orçamentária para 2024, que não prevê recursos para reajustes salariais ao funcionalismo.

Já o coordenador da Frente Parlamentar contra os juros abusivos, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), conclamou a todos para uma campanha contra o congelamento salarial. Ele, que também fez questão de comparecer pessoalmente à reunião, criticou a política monetária contracionista do Banco Central e o Congresso, que, em seu ver, está transformando o Brasil em um modelo de superparlamentarismo, tomando, na prática, o controle do poder e recursos que deveriam ser do Executivo.

A reunião foi acompanhada por mais de 50 pessoas, representantes de entidades, tanto no auditório da OAB quanto pela internet, uma vez que foi garantida a possibilidade de participação em conferência via Zoom.