Imprensa não cita gastos com a dívida como desafio para próximo governo

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Com a aproximação da definição das eleições, a mídia começa a traçar diversas listas com os cenários e desafios para o próximo presidente eleito, como a manchete em destaque, no portal G1. A crise nas contas públicas, a insuficiência de receitas de impostos, a crise fiscal, a baixa atividade econômica e a inflação são os pontos ressaltados pela notícia. Todos os tópicos são muito importantes, é claro, mas não há citação alguma sobre o maior de todos os gastos: a dívida pública.
 
Debater a questão da dívida e a realização de sua auditoria integral, como consta na Constituição Federal de 1988, é a chave para sairmos desse eterno ciclo de cortes de gastos sociais, privatizações de patrimônio público estratégico (vide Eletrobras e o lobby pela privatização da Petrobras) e “contrarreformas” que atacam a sociedade e o serviço público, jogando o povo contra quem trabalha por ele e tirando a responsabilidade do rombo orçamentário da dívida.
 
É preciso aprofundar o debate a respeito da auditoria integral da dívida, focando em exemplos reais como a que foi realizada no Equador, em 2008 pelo então presidente Rafael Correa – e com participação da coordenadora nacional da Auditoria Cidadã da Dívida, Maria Lucia Fattorelli.
 
Diante da anulação de cerca de 70% da dívida externa em títulos públicos, possibilitada pela auditoria, os resultados foram imediatos: redução da pobreza e do desemprego, aumento de investimentos sociais e do poder de compra, como podem verificar em palestra do Embaixador do Equador no Brasil Dr. Horacio Sevilla Borja, realizada em 2013, durante seminário da ACD. É disso que precisamos! #AuditoriaJá