Isenção de IR para elite rural mostra que é o Brasil que sustenta o Agro, não o contrário

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O faturamento das grandes empresas do agronegócio voltado para exportação que não é alcançada pelo ICMS e ainda recebe créditos tributários, também fica isenta de Imposto de Renda! Essa renda cresceu mais de 210% (140% acima da inflação) entre 2017 e 2022 dentro do grupo que constitui o 0,1% mais rico da população adulta brasileira. A parcela da renda da atividade rural que ficou fora da cobrança dos impostos pela Receita Federal chegou a R$ 101 bilhões em 2022. A fatia que corresponde à população 0,1% mais rica do país ficou com quase a metade (42%) dessa isenção.
A concentração de renda aumentou no topo da pirâmide. Enquanto a renda da classe média e dos mais pobres permaneceu quase estagnada, a dos mais ricos cresceu 49% acima da inflação. Isso “ajuda a explicar porque os mais ricos tiveram um crescimento de renda muito superior à maioria da população brasileira ao longo do governo Bolsonaro”, diz o economista Sérgio Gobetti (IPEA), autor do estudo. (Veja aqui a matéria completa)
Os números vão ao encontro do que defende o professor Marco Antonio Mitidiero Jr., que desenvolveu o Estudo “O agro não é tech, não é pop e muito menos tudo”, em parceria com a pesquisadora Yamila Goldfarb. O trabalho denuncia que o Agro usa diversas estratégias para construir o consenso de que seria o setor mais importante da economia brasileira. No entanto, uma análise detalhada dos números do Agro revela outra realidade: a de um setor que recebe muito e contribui pouco com o país.
Acesse e baixe o estudo, que cita o artigo “O Agronegócio e a Dívida Pública”, escrito pela coordenadora nacional da ACD, Maria Lucia Fattorelli.

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