Juro alto amarra o Brasil

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Conforme noticiou o jornal Correio Braziliense na última sexta-feira (2), o PIB brasileiro cresceu apenas 0,4% no terceiro trimestre (julho a setembro) em comparação ao trimestre anterior, puxado principalmente por leve recuperação dos setores de serviços e indústria, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
 
Apesar de ser o quinto resultado positivo em sequência, esse crescimento é pífio e inferir ao verificado nos demais países. Até o mercado previa uma taxa maior, de 0,6%, o que demonstra uma “perda de fôlego”. Esta desaceleração deverá levar a um PIB zerado no último trimestre de 2022, de acordo com projeção do Boletim Macro do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). (Leia a notícia completa)
 
O setor financeiro tem sido o único a se beneficiar com os juros exorbitantes praticados no Brasil e chega a reconhecer “a alta dos juros já aparece no comprometimento da renda das famílias com o serviço da dívida em alta e na estagnação do saldo de crédito às empresas”, conforme declaração do economista-chefe de um banco na notícia citada. Esse é o resultado do juro alto esmagando o Brasil, seja aumentando as dívidas do setor público e privado, ou dificultando o crédito a quem precisa.
 
O pacote de medidas temporárias do governo na segunda metade do ano, que incluiu a redução de impostos, distribuição de vales para caminhoneiros e taxistas e aumento de R$ 400 para R$ 600 no Auxílio Brasil, além do adiantamento do 13º dos aposentados e o saque emergencial do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) na primeira metade do ano, injetou recursos na economia e estimulou o consumo, impedindo uma estagnação ainda mais grave nesse período.
 
Com o fim desses paliativos, a realidade dos juros altos e do endividamento que já alcança 80% das famílias e é o principal fator que leva pequenas empresas à falência, se agrava. É preciso reverter essa política monetária suicida do Banco Central e limitar os juros, a fim de desamarrar a economia brasileira e voltarmos a crescer!